Saúde

Campanha de vacinação contra a gripe inicia em uma semana

Já começou a fase de preparação para vacinação contra a gripe em Pelotas

Infocenter -

Chegou o momento de retirada da carteirinha de vacinação da gaveta: na próxima quarta-feira, começa a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe no Rio Grande do Sul. Em Pelotas, o momento é de preparação para o início das atividades dentro das 50 Unidades de Saúde Básica (UBS) do município. A campanha divide-se em dois momentos, o primeiro voltado às crianças a partir de seis meses até seis anos e gestantes, em qualquer período gestacional. Já a segunda etapa tem como foco os grupos prioritários. Neste ano, o governo do Estado optou por antecipar a data de início da estratégia - cinco dias mais cedo em relação ao restante do país - com foco em um alcance maior de imunização.

Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Rita de Cássia Carvalho, está marcada para essa semana uma reunião com os agentes de saúde responsáveis pela aplicação das doses. Entre eles estão os enfermeiros e técnicos em enfermagem das unidades. Apesar da proximidade da data de início da campanha, a enfermeira explicou que as doses ainda não chegaram à cidade - contraponto comum em munícipios com a população similar a de Pelotas. Quando encaminhadas, as vacinas ficarão armazenadas no prédio da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde e logo após serão levadas para uma sala especial no prédio da Vigilância Epidemiológica. Findada a etapa de contagem das doses, as UBS receberão os materiais.

Em 2018, os índices de imunização ficaram abaixo da meta estipulada no início da campanha de vacinação contra a gripe. Pelotas teve apenas 68,94% dos pertencentes ao público-alvo imunizados, enquanto a meta era de 90%. O Rio Grande do Sul também ficou longe da meta, com o percentual de 82,2% atingido. Para Rita de Cássia, são vários os fatores que diminuem o interesse das pessoas pela vacinação. Um deles é o descuido com a prevenção de doenças, apoiado pela falta de informação em relação aos casos de gripe no estado. Em agosto do ano passado, um relatório do Centro Estadual de Vigilância em Saúde registrava 63 mortes por conta da doença em todo RS. Em comparação a 2017, os números mostram que houve aumento de 31% nos casos - foram 48 mortes entre janeiro e dezembro.

Um dos problemas causados pela não imunização é a exposição quanto às doenças que a vacina protege. "A vacina é segura e eficaz. Sem ela, a população fica exposta a contrair a doença", salienta Rita. A vacinação nas escolas ainda é incerta para a SMS. Como justificou a enfermeira, é preciso que as equipes responsáveis se desloquem dos postos de saúde para realizar as ações nos educandários. A campanha de vacinação tem previsão de término para o dia 31 de maio.

Atualização na vacina
A vacina contra a gripe protege contra três tipos de vírus Influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. Em relação à vacina do ano passado, a dose foi atualizada com subtipos diferentes nas cepas H3N2 e B, por isso a importância em se repetir a dose nesta temporada. A imunização leva cerca de 15 dias para proteger completamente o organismo. Dessa forma, quem for vacinado dentro do período de campanha está mais seguro para enfrentar o inverno, época do ano na qual a circulação da doença aumenta.

Confira o cronograma

Grupos que podem receber a vacina a partir de 10 de abril:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Gestantes (em qualquer tempo gestacional)

Grupos que podem receber a vacina a partir de 22 de abril:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Gestantes (em qualquer tempo gestacional)
- Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto)
- Pessoas com 60 anos ou mais - Povos indígenas aldeados
- Trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados
- População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
- Professores de escolas públicas e privadas
- Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais*

*Doenças crônicas respiratórias, cardíacas, renais, neurológicas ou hepática; diabetes; imunossupressão; obesidade; transplantados ou pessoas com trissomias.

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